sábado, 22 de agosto de 2015

Diário de Bordo

  

 UFSB
 Componente: Experiências do Sensível
Docente: Prof. Dr. Rafael 

Discente: Mariene Nunes de Campos

Aula Inaugural:
Pergunta chave: Qual o propósito?

"O Mestre na arte da vida faz pouca distinção entre o seu trabalho e o seu lazer, entre a sua mente e o seu corpo, entre a sua educação e a sua recreação, entre o seu amor e a sua religião. Ele dificilmente sabe distinguir um corpo do outro. Ele simplesmente persegue sua visão de excelência em tudo que faz, deixando para os outros a decisão de saber se está trabalhando ou se divertindo. Ele acha que está sempre fazendo as duas coisas simultaneamente.”
Texto Zen-Budista




Aula coletiva motivacional, com  os alunos, de todos os bacharelados Interdisciplinares. O primeiro ato, ouvir o silêncio...Num exercício de  atentar aos ouvidos, o universo que nos cerca, fomos provocados a ouvir atentamente os sons ao redor do Campus e durante três minutos todos os alunos ligaram as antenas auditivas...

Em seguir, os Mestres Docentes, ali reunidos, um a um, exposeram as razões pelas quais iriámos adentrar naquele Componente Curricular, de como não perder a sensibilidade e saber intuitivo de nossa repetitiva e pouco criativa, sociedade propedéutica. A relevância do contexto emocional no pragmático universo acadêmico e das Ciências. Varios autores foram citados, para fins ilustrativos, de  Kant a  Paulo Freire. Como o Prof. Dr.  Rafael ainda não havia retornado, fato registrado pelos próprios palestrantes, o Prof. Dr. Isaac Reis catedrático de saber notório, fez as honras da casa em seu lugar, em suas sábias e precisas palavras,  um paralelo entre a visão mecanicista e o pensamento vitalício, e da proposta interdisciplinar e inovadora da UFSB.

Como na segunda aula o Mestre Rafael ainda não houvera se apresentado e o conteúdo progamático é o mesmo, os alunos foram encaminhados a assistirem aula ainda com a Mestra Valéria. 

A Mestra Valéria, comoveu a todos, quando citou um livro estudo com diversos homens da Ciência, e de como o lado emocional dessas pessoas ficavam à medida que se aprofundavam em suas pesquisas. Ilustrou e fundamentou sua retórica citando um pesquisador de Biogenética, a qual, durante toda sua vida dedicara ao estudo de único GENE.

Quando perguntado: Quem é você? Ao pesquisador respondeu: "eu sou o Gene XYN..."

Aos discentes foi dado a primeira tarefa: Colher terra, uma terra que significasse e asociasse ao chão que fora colhido alguma lembrança, memória. E que os alunos descrevessem em forma de palavra escrita e posteriormente a narrasse na forma oral, em duas formas: Uma história daquele solo e a experiência pessoal que relacione o punhado de terra colhido e levado à  sala de aula.

Como na segunda aula o Mestre Rafael ainda não houvera se apresentado e o conteúdo progamático é o mesmo, os alunos foram encaminhados a assistirem aula ainda com a Mestra Valéria. 


No encontro de quatro aulas/noite seguinte,foi dado continuidade ao tema: "Terra", em que cada aluno narrou sua experiência pessoal.  O registro da atividade feita está publicada a seguir:

                                          

                                                    
                                              Abordagem I

                                        O SOLO SOB A ÓTICA MECANICISTA


                         Solo e o martelo apropriado ao instrumento de trabalho dos Geológos.

          
Lembro como se fosse hoje e lá se vão 3 anos. Ao iniciar os estudos na disciplina de “Ciência do Solo” e “Geologia” sob a batuta do competente Professor Caio Ferraz, que teve a sorte de ter como Mestre de escopo o notável Professor Saad, famoso mundialmente, e que como seu Mestre Saad não hesitava em corrigir os deslises de seus pupilos. Ao Professor Caio credito as frutíferas pesquisas de campo, como a extração de 12 amostragens de solos, em diferentes sítios e posterior análise dos mesmos, ao longo do percurso de 400 kms do interior do Nordeste de MG ao Município de Prado litoral http://www.ebah.com.br/content/ABAAAe6i0AD/geologia-relatorio-viagem-campo
          
Exigente que primava em dar aos seus discentes excelência no conhecimento logo nas primeiras aulas, quando desavisada usei a terminologia Terra, fui imediatamente corrigida pelo Mestre, a designação para o que queria referir não era terra e sim solo. É que no meio acadêmico entre Geólogos, era até motivo de piada se referir ao produto do intemperismo das rochas como Terra e não solo, o Mestre queria nos poupar de constrangimentos e como alegava tínhamos que adquirir um vocabulário técnico no universo acadêmico. 
              
Acatei imediatamente, e doravante tratamos “Terra” como o planeta e “Solo” como rocha decomposta em que os seres humanos estão presos pela força de gravidade. Meras convenções e farpas a parte, já dizia Shakespeare “Uma rosa exalaria o mesmo perfume ainda que tivesse outro nome”.
            
Os caminhos do conhecimento percorridos nessa área da “Ciência da Terra”, nos leva enfim a discorrer sobre o tema nessa primeira abordagem, do tema solo proposto no componente “Experiência do Sensível”. O que a ele nos remete?
           
Do ponto de vista mecanicista  contudo, conceituar solo requer uma postura dialética, trata-se de um material complexo, cujo conceito varia em função da sua utilização,  para o agrônomo ou para o agricultor, o solo é o meio necessário para o desenvolvimento das plantas, enquanto para o engenheiro é o material que serve para a base ou fundação de obras civis; para o geólogo, o solo é visto como o produto da alteração das rochas na superfície, enquanto para o arqueólogo o material fundamental para as suas pesquisas, por servir de registro de civilizações pretéritas; já para o hidrólogo, o solo é simplesmente o meio poroso que abriga reservatórios de água subterrâneas. Para o Microbiologista, um centímetro se solo e um universo inteiro onde milhões de organismos vivos interagem, nutrem, decompõe, fazem a simbiose do Nitrogênio.
             
Desta forma, cada uma das especialidades possui uma definição que atende a seus objetivos. Entretanto, existe uma definição simples que se adapta perfeitamente aos propósitos da Ciência da Terra e que considera o solo como o produto do intemperismo, do remanejamento e da organização das camadas superiores da crosta terrestre, sob ação da atmosfera, da hidrosfera, da biosfera e das trocas de energia envolvidas.
             
Habitamos a superfície da terra e dependemos, para viver, dos materiais disponíveis. Estes, em sua maior parte, são produto das transformações que a crosta terrestre sofre na interação com a atmosfera, a hidrosfera e a biosfera, ou seja, são produtos do intemperismo. Constituem a base de importantes atividades humanas, relacionadas, por exemplo, ao cultivo do solo e ao aproveitamento dos depósitos minerais na construção civil e na indústria. A exploração sustentável desse recurso depende do conhecimento de sua natureza e da compreensão de sua gênese.
               
Referente às origens do solo, o termo acadêmico usado é “gênese de solos”. Estudiosos desse tópico declararam que são precisos por volta cerca de 10.000 anos para a formação de 1 cm de solo sobre granito, por exemplo.
                
Com tanta informação disponível no meio acadêmico me pergunto: Por que ainda desnudamos o solo,  exposto a erosão que retira a camada orgânica dele o deixando incultivável? Qual a razão de  mesmo sabendo do que seria o certo, do ponto de vista teórico, não adotamos práticas que não tirem a capacidade regenerativa? E construímos uma Universidade de forma equivocada em topo de montanha? (Me refiro á UFVJM, Universidade federal dos Vales do jequitinhonha e Mucuri) Por que cargas d’água pensamos que estamos salvando a terra de braços cruzados, apenas alertando ao vazio ou “abstraindo” sobre o tema...
               
Continuamos matando árvores para salvá-las,  caindo no vazio de nossa conivência. Talvez pelo descarrego de consciência ou porque é fashiom ser uma pessoa “Esclarecida” e  ambientalmente correta.
                
À medida que me deparo com meu quinhão de terra, outras perguntas me surgem. A quem serve a distribuição discrepante, onde pobres dariam sua vida para ter um pedacinho para plantar e outros que detém essa terra sem nada produzir sobre ela, se tem um documento são os donos. Aos pobres são reservados somente os sete palmos, os mesmos sete palmos que um dia todos estaremos, pois tudo a ele retorna.
             
Essa amostragem  anexada , em forma de sugestiva de gota contém:
             
Latossolo: Solo altamente evoluído, laterizado, rico em argilominerais e oxi-hidróxidos de ferro e alumínio.
              
Massapé: é um tipo de solo caracterizado pela elevada fertilidade, possui cor escura em razão de sua formação ser proveniente da decomposição de rochas, como gnaisses escuros, calcários e filitos.
                                                 

                                                    Abordagem II

                                      O SOLO, A LUZ  DA ECOLOGIA PROFUNDA
                      Terra para o pé firmeza, Terra para a mão carícia ( Caetano Veloso)

O grande Chefe Sioux Touro Sentado, 

 Diante de tantas contradições e dissabores, que um ensino equivocado provocam, safra avinagrada, numa idade avançada, me lançar de corpo e alma em busca de conhecimento técnico acadêmico e sofrer mais do que suportaria. E a sensação de enxugar gelo.
 Decidi viver um ano sabático, trancando a matrícula no curso de Ciência e Tecnologia, pisar no freio do tempo e diminuir as expectativas intelectuais, aceitar que o mundo também existe para quem não tem curso superior, retomar o manto sagrado da Mãe Terra e nela me abrigar, retomando as origens.
O  que de pronto a vida me oferecia, voltar para o Meu Arraial d’Ajuda e ir tocando a vida de forma mais leve. E levar a cabo o  sonho de em larga escala, seqüestrar carbono, recompor  matas, especialmente as siliares e de topo de montanha.
No quintal  de minha casa, reservei uma parte para compostagem de matéria orgânica, plantio de uma pequena horta e um banco de sementes nativas, um primeiro passo  para vivenciar a “ecologia profunda”, num reajuste integral de curso de vida.
A  Terra contida nesse receptáculo em sua forma foi sugestivamente elaborado, para remeter a gota, que sozinha é nada, mesmo contendo todos os elementos, a gota isolada a nada se prestará. O solo contido na gota, é fruto do trabalho da compostagem  de todo descarte orgânico gerado em nossa casa. Foi enriquecido, tornado fértil e pronto para quebrar a dormência de qualquer semente que nele caia. Fora da gota estão sementes de Jenipapo, árvore sagrada da Tribo Pataxó,  por suas propriedades medicinais e de sua calda extraírem a tinta que lhes pintam o corpo.
As sementes encontram-se em estado de dormência e só é quebrada quando em contato com a Terra...Essa metáfora traduz a realidade vivenciada nessa experiência, o despertar da semente.
A sensação extraordinariamente prazerosa de lidar com a terra, e dia após dia perceber sua receptividade em devolver em forma de frutos colhidos a atenção recebida é indescritivelmente curadora de qualquer alma deprimida.
O poder curativo das energias da Terra esse remédio recomendo a todos.
E para ilustrar essa abordagem do conceito solo e ao que ele nos remete, do ponto de vista da “Ecologia Profunda” , a visão do que é solo do Grande Chefe da Nação Lakota Urso em Pé, um testemunho que sobrevive ao tempo e toca fundo aos que se deixam viver a experiência de sensível:
 “Os velhos Lakota amavam o solo e sentavam-se ou reclinavam-se no chão com o sentimento de estarem próximos de um poder maternal. Era bom para a pele tocar a terra, e os velhos gostavam de se descalçar e andar com os pés nus sobre a terra sagrada. As tendas eram erguidas sobre a terra, e os altares feitos de terra. O solo era tranquilizante, revigorador, purificador e medicinal. Por isso é que os velhos índios ainda se sentam diretamente na terra, fonte de suas forças vitais. Para eles, sentar-se ou deitar-se no chão permite pensar com mais profundidade e sentir com mais clareza; podem penetrar nos mistérios da vida e descobrir seu parentesco com outras formas de vida ao redor. (...)
Os velhos Lakota eram sábios. “Sabiam que o coração do homem distante da natureza se torna duro; sabiam que a falta de respeito pelas coisas vivas leva imediatamente à falta de respeito pelos humanos”. 
Urso-em-pé menciona uma causa central da violência e degeneração da vida emocional das grandes cidades. Dominadas hoje por meios eletrônicos de “comunicação” cuja influência parece crescer lado a lado com a falta de comunicação real entre seres humanos, as cidades degeneram pelo seu distanciamento da natureza e dos seus ritmos vitais básicos. 

             
Como um animal em cativeiro que perde a alegria de viver, o ser humano distante da natureza é  preso por suas preocupações pessoais,  e dificilmente encontra paz, dentro ou fora de si.  O resultado é a violência: primeiro em pensamento e sentimento, e depois na realidade externa.



No terceiro encontro, de quatro aulas consecutivas no periódo noturno, a temática, foi água. Muito interessante notar que a maioria dos alunos, desenvolveram temas relativos a preocupação com a escassez, poluíção, e outros com memórias afetivas como a água do mar, porque a praia tem efeitos bons a uma alma ansiosa...Entre tantas apresentações, vale ressaltar o colega Moisés que levou em vídeo o sistema de abastecimento por roda d'água, desenvolvidos por eles  mesmos na fazenda de propriedade de sua família. 

A nossa proposta foi a água da fonte Sagrada De nossa Senhora d'Ajuda, o milagre da Santa, e todo o significado enraizado profundamente nas gerações após gerações que desde 1549, vem a romaria em busca desta água de propriedades curativas e milagrosas.

E a contradição, a estação de captação de águas residuais, construida, mesmo em meio a protesto, final do século passado, a cerca de 50 metros acima da fonte, em solo de grande capacidade de percolamento, que podem estar contaminando a água da Fonte Sagrada. 


                      O que faria um homem com sede no deserto se não procurar água? (Osho)

A Água e o Sal



– Beba um pouco dessa água. Enquanto a água escorria do queixo do jovem o Mestre perguntou:
– Qual é o gosto?
– Bom! disse o rapaz.
– Você sente o gosto do sal? perguntou o Mestre.
– Não disse o jovem.
O Mestre então, sentou ao lado do jovem, pegou em suas mãos e disse:
– A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. Quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido de tudo o que está a sua volta. É dar mais valor ao que você tem do que ao que você perdeu. Em outras palavras: É deixar de Ser copo para tornar-se um Lago.
Pensamento Zen-Budista
“A água é submissa, mas tudo conquista. A água extingue o fogo ou, diante de uma provável derrota, escapa como vapor e se refaz. A água carrega a terra macia, ou quando se defronta com rochedos, procura um caminho ao redor. A água corrói o ferro até que ele se desintegra em poeira; satura tanto a atmosfera que leva à morte o vento. A água dá lugar aos obstáculos com aparente humildade, pois nenhuma força pode impedi-la de seguir seu curso traçado para o mar. A água conquista pela submissão; jamais ataca, mas sempre ganha a última batalha.”


Experimento Folhas...



Nesse exercicio, tomo a liberdade de associar a folha à àrvore, viva em seu galho...Nada do que pudesse escrever ou descrever que possa chegar aos pés ao que Drumond escreve, e de como me indentifico com esta amedoeira...

                                          Fala amendoeira!

Carlos Drummond de Andrade - Fala, amendoeira (1957)
Esse ofício de rabiscar sobre as coisas do tempo exige que prestemos alguma atenção à natureza - essa natureza que não presta atenção em nós. Abrindo a janela matinal, o cronista reparou no firmamento, que seria de uma safira impecável se não houvesse a longa barra de névoa a toldar a linha entre o céu e o chão - névoa baixa e seca, hostil aos aviões. Pousou a vista, depois, nas árvores que algum remoto prefeito deu à rua, e que ainda ninguém se lembrou de arrancar, talvez porque haja outras destruições mais urgentes. Estavam todas verdes, menos uma. Uma que, precisamente, lá está plantada em frente à porta, companheira mais chegada de um homem e sua vida, espécie de anjo vegetal proposto ao seu destino.

Essa árvore de certo modo incorporada aos bens pessoais, alguns fios elétricos lhe atravessam a fronde, sem que a molestem, e a luz crua do projetor, a dois passos, a impediria talvez de dormir, se ela fosse mais nova. Às terças, pela manhã, o feirante nela encosta sua barraca, e ao entardecer, cada dia, garotos procuram subir-lhe o tronco. Nenhum desses incómodos lhe afeta a placidez de árvore madura e magra, que já viu muita chuva, muito cortejo de casamento, muitos enterros, e serve há longos anos à necessidade de sombra que têm os amantes de rua, e mesmo a outras precisões mais humildes de cãezinhos transeuntes.

Todas estavam ainda verdes, mas essa ostentava algumas folhas amarelas e outras já estriadas de vermelho, gradação fantasista que chegava mesmo até o marrom - cor final de decomposição, depois a qual as folhas caem. Pequenas amêndoas atestavam o seu esforço, e também elas se preparavam para ganhar coloração dourada e, por sua vez, completado o ciclo, tombar sobre o meio-fio, se não as colhe algum moleque apreciador do seu azedinho. E como o cronista lhe perguntasse - fala, amendoeira - por que fugia ao rito de suas irmãs, adotando vestes assim particulares, a árvore pareceu explicar-lhe:

- Não vês? Começo a outonear. É 21 de Março, data em que as folhinhas assinalam o equinócio do outono.Cumpro meu dever de árvore, embora minhas irmãs não respeitem as estações.

- E vais outoneando sozinha?

- Na medida do possível. Anda tudo muito desorganizado, e, como deves notar, trago comigo um resto de verão, uma antecipação de primavera e mesmo, se reparares bem neste ventinho que me fustiga pela madrugada, uma suspeita de inverno.

- Somos todos assim.

- Os homens, não. Em ti, por exemplo, o outono é manifesto e exclusivo. Acho-te bem outonal, meu filho, e teu trabalho é exatamente o que os autores chamam de outonada: são frutos colhidos numa hora da vida que já não é clara, mas ainda não se dilui em treva. Repara que o outono é mais estação da alma que da natureza.

- Não me entristeças.

- Não, querido, sou tua árvore-da-guarda e simbolizo teu outono pessoal. Quero apenas que te outonizes com paciência e doçura. O dardo de luz fere menos, a chuva dá às frutas seu definitivo sabor. As folhas caem, é certo, e os cabelos também, mas há alguma coisa de gracioso em tudo isso: parábolas, ritmos, tons suaves... Outoniza-te com dignidade, meu velho.»




Experimento: "Jogo de Luz e Sombras"...




Sombras remetem a ausência de luz, na semiótica a expressão, luzes nas sombras...Experimentar o sensível à sombra de uma amendoeira, quando tudo ao redor é escaldante, uma experiência verdadeiramente aliviante...Um remédio a sombra climatizada que as folhas das amendoeiras desenha junto com seus galhos a forma helicoidal, um ventilador que ventila a dor...


Trabalho de Campo, Geologia, debaixo de um sol escaldante do sertão das Minas Gerais, só com sombrinha...Sombra se faz preciso...Fazendo o quê? Colhendo amostras de solo para análise. 

Experimento: Observar diálogos coletivos de Rua...


Nas imagens seguintes, um diálogo imaginário silencioso, do inconsciente coletivo. Quem fala são as imagens,  fiéis estabelecem suas conexões com o divino sagrado lado de suas almas.
Em cada um deles, dissolvidos em meio a procissão se misturam aos tantos outros clamores... O que vai no interior de cada uma dessas fervorosas demonstrações de fé coletiva?
O cumprimento da promessa pela graça alcançada, o pedido de socorro, o fervor, a devoção, desse povo Santo e Pecador. O olhar para o céu. As mãos em súplica. A música em uníssono.   
Usamos na legenda trechos da melodia de Gilberto Gil Procissão, ninguém como ele soube descrever o âmago do que é estar coletivamente em estado de prece no serpentear de procissão.
O evento coletivo procissão a Nossa Senhora d’Ajuda em 15 de agosto de 2015.

Olha! Lá vai passando a procissão....




 
Se arrastando que nem cobra pelo chão...

As pessoas que nela vão passando, acreditam nas coisa lá do Céu

As mulheres cantando tiram um verso, os homens escutando tiram o chapéu

           Eles vivem penando aqui na terra esperando o que Jesus prometeu



Ouça a música Procissão de Gilberto Gil:




O Nosso diário de bordo, tem os  podcasts, mídias em áudio, radiotube, nas ondas da cidadania, a  "aula", ou melhor as aulas, pois são 4 aulas geminadas consecutivas noturnas, acompanhados de relatório. A  forma de "dialogar" em sala de aula, do dia 21, na discilplina "Experiencia do Sensível"  e a vida como ela é...



Obrigada pela visita!








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